quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Compra pela Internet - Vinícola Miolo

As maravilhas do mundo moderno! Por mais que a oferta etílica de nossas cidades seja boa ou ruim, hoje em dia é possível para qualquer pessoa em qualquer lugar do país comprar vinhos pela Internet. Imaginem como era há uns 10 ou 15 anos atrás...

Pois bem, iniciando essa série sobre avaliações de compras pela Internet, relato agora a experiência que tive recentemente na loja virtual da Vinícola Miolo.

As pessoas que se cadastram no site recebem emails informativos sobre a vinícola, incluindo a divulgação de promoções especiais. Foi numa dessas promoções, em comemoração ao Rio Wine & Food Festival 2015, que decidi fazer uma compra. Para valores acima de R$ 299 o frete era grátis, e quanto maior o valor da compra maior seria o valor do desconto.

O pedido foi feito no dia 2 de Outubro, e despachado pela transportadora em 9 de Outubro. Recebi a caixa em 23 de Outubro.


Avaliando o prazo de entrega do site, que é de 11 a 20 dias úteis a partir da confirmação de despacho do pedido (varia conforme o estado), observa-se que a entrega foi realizada antes mesmo de ser completado o prazo mínimo de 11 dias úteis. Foram 15 dias úteis desde a data da compra, ou um total de 21 dias corridos.

Em suma, os prazos foram cumpridos e até mesmo superados.

Quanto à embalagem, as seis garrafas vieram acomodadas num engradado de isopor de boa resistência dentro da caixa de papelão padronizada.


Os vinhos adquiridos foram o Miolo Gamay 2015 e o kit Campeões Miolo Grande Prova de Vinhos do Brasil 2015 Parte 2, que inclui três exemplares da linha RAR Collezione (Gewürztraminer, Viognier, Merlot), um Merlot Terroir e um Quinta do Seival Alvarinho.


Tudo saiu conforme o esperado, mas se há uma pequena crítica a ser feita ela fica por conta das safras dos vinhos, que não são especificadas durante o processo de compra. O Gewürztraminer e o Viognier são de 2011, enquanto os outros são de 2012 ou 2013. Há quem se incomode com os brancos sendo de 2011 (seria uma desova de safras antigas?), mas esse não é o meu caso. Para a próxima vez fica a sugestão de perguntar ao SAC as safras antes de concluir a compra.

VEREDITO FINAL: indico e compraria de novo.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Uma experiência com vinho tinto de mesa seco

No último fim de semana decidi realizar uma experiência que senti que precisava fazer, em homenagem a um passado que já pertenceu a muitos entusiastas brasileiros de vinho.

Pergunte a qualquer pessoa adulta de que forma elas inicialmente tomaram conhecimento desse universo. 90% responderão que foi por meio dos vinhos suaves, em sua maioria vinhos de “garrafão”. Eu faço parte desse grupo, porém não bebo vinho de garrafão há muitos anos.

Decidi preparar-me para a experiência ao receber ilustres visitas em minha casa no mês passado. Foi-me solicitado comprar algumas garrafas de vinho suave para serem consumidas durante o almoço. Acabei escolhendo o Campo Largo (Famiglia Zanlorenzi), mas também levei para casa uma garrafa do Chalise tinto de mesa seco, produzido pela Salton a partir de uvas Isabel, Concord e Seibel. Que como todos sabem não são uvas pertencentes à espécie Vitis vinifera e, portanto, não são adequadas à produção de vinhos finos.

Beberiquei o Campo Largo para acompanhar as visitas, mais uma vez relembrando o sabor adocicado característico dos vinhos de garrafão. Alguns goles não matam ninguém, e minha percepção de sabor foi a mesma inicialmente registrada em memória décadas atrás. Já o Chalise seria algo novo, uma vez que eu não me lembro de jamais ter provado vinho seco feito a partir das tradicionais uvas usadas em vinho suave.

A oportunidade surgiu na última manhã de Domingo. Um Torrontés argentino (Cepas Elegidas, Mendoza 2014) abriu os trabalhos enquanto minha esposa cozinhava e as visitas chegavam. Durante o almoço o Chalise foi aberto, e finalmente pude concluir a tal experiência. No olfato senti algo muito parecido com o que se sente do vinho suave, porém não com a mesma intensidade, já no paladar não havia nada além de um gosto metálico, plano, carente de vivacidade. Sem amargor, mas também sem qualquer atrativo que convidasse a mais uma taça.

Vinícola Salton, Chalise Tinto de Mesa
Parece bonito na foto, mas não é

O Chalise seco é muito ruim. Ouso dizer, a partir dessa experiência de desapego, que se o assunto for uvas não-viníferas e eu tiver que escolher entre as duas categorias, eu prefiro o vinho suave ao vinho seco.

Em tempo: o Chalise já foi chamado de Linha de Base da Salton, uma denominação abandonada que sequer é mencionada no site da vinícola. A não ser, é claro, que você acesse uma página que ainda está no ar mas não é divulgada. Empurrar o Chalise para debaixo do tapete dessa forma parece ser bobo, mas a atitude é perfeitamente compreensível para uma empresa que deseja se destacar no mercado por seus vinhos finos, e não por vinhos de mesa – açucarados ou não – vendidos a menos de 10 reais em postos de gasolina e mercados de bairros periféricos.

E chega, garanto que não vou escrever mais sobre Vitis labrusca e respectivos clones. A não ser que role algum tipo de compensação financeira ou ameaça de morte.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Início

Olá!

Sou um jovem enófilo.

O que quis dizer é que não sou um jovem que é enófilo, mas sim um enófilo recém-nascido, bebê, neófito ainda preso às metafóricas fraldas. Apesar de estar no alto de meus 39 anos da idade, foi há muito pouco tempo que passei a ter vontade de entender melhor os vinhos que estava tomando, mais precisamente em Janeiro de 2015. Antes disso sempre bebi vinho de forma absolutamente casual, sem me importar muito com cepas ou qualidade.

Logo que comecei a me dedicar ao tema deparei-me com alguns fatos interessantes.

Além de se tratar de um universo completamente novo, que engloba vários aspectos de nossas vidas e vai além do simples ato de beber vinho, o fato de gostar de vinho a enofilia em si é fascinante como fonte de cultura e como meio de interação social. E numa era em que a informação está sempre na ponta dos dedos, muitas vezes sobrecarregando os sentidos e somente escassa para quem se recusa a ver, acredito que o processo de aprendizado fica ainda melhor quando é compartilhado.

É por essa razão, caros leitores, que estou iniciando este blogue. Para registrar meu aprendizado. Então, aos que têm experiência, encarecidamente peço paciência.

Ao contrário do tema que me levou até aqui, não sou um completo novato quando o assunto é escrever para a Internet, hobby antigo que jamais deixei de exercitar desde que aprendi como trabalhar com HTML. Tenho formação em exatas (Engenharia) porém nunca perdi a paixão pelas letras, pelo conhecimento de uma forma geral ou por qualquer um dos hobbies que fizeram ou fazem parte da minha rotina. Como este. Ou este.

Esperem encontrar por aqui divagações, avaliações e ensaios em constante mudança. Será com certeza interessante olhar para trás daqui a algum tempo.

Bem-vindos!

Em Mendoza, Argentina
 Minha esposa e eu em Mendoza, Argentina