A Finca Agostino foi a última vinícola/bodega em nosso roteiro. Situada na sub-região de Maipú, ela também produz os rótulos da linha Telteca e conta com instalações de tamanho e produção considerável, além de uma loja/winebar e um fantástico restaurante. Há ainda um casarão que está prestes a se tornar um hotel de luxo, conforme informação obtida na época de nossa visita (final do inverno, em Agosto).
A visita foi exclusiva, agendada antecipadamente. Ao chegar, minha esposa e eu fomos imediatamente recepcionados para o início do passeio. Depois de observamos a extensão da propriedade a partir do deck de madeira localizado sobre a loja e fazermos muitas perguntas, nossa guia nos conduziu através de toda a instalação de vinificação, da área externa onde as uvas são recebidas até os tanques e barricas onde os vinhos são envelhecidos.
A degustação acabou acontecendo durante o próprio almoço, um menu de cinco etapas e cinco harmonizações diferentes. É um almoço nada barato, mas o serviço vale muito a pena pelo requinte e pelo ótimo atendimento. Foi a refeição perfeita para encerrar as férias na Argentina.
Confiram a seguir um pouco da herança fotográfica que trouxemos de nossa experiência na Finca Agostino.
Chegando à Finca Agostino
Vista para os belos jardins da recepção
A cordilheira ao fundo e os parreiras dormentes ao final do inverno
Momentos da visitação
Mantendo o semblante de seriedade no início do almoço, depois de já ter passado por degustações em duas outras vinícolas
O menu de 5 passos do almoço
O prato principal, harmonizado com o vinho Agostino Familia Gran Reserva 2012, um elegante corte de Malbec (40%), Petit Verdot (30%), Cabernet Sauvignon (15%) e Syrah (15%)
Uma das entradinhas, mais um flagrante de olhar típico de caboclo alcoolizado
(como já mencionei, deve-se considerar que outras duas vinícolas já tinham sido visitadas no mesmo dia...)
(como já mencionei, deve-se considerar que outras duas vinícolas já tinham sido visitadas no mesmo dia...)
Antes e depois da lauta refeição
Depois de toda a visita e do almoço ainda houve espaço para degustarmos mais alguns rótulos na loja antes de voltarmos ao hotel para nos recuperar da farra enófila.
Como já vínhamos fazendo, escolhemos duas garrafas para trazermos de lembrança. Elas já foram devidamente saboreadas, e por isso mesmo este texto está sendo publicado. Abaixo algumas notas rápidas de degustação:
Agostino Família Blanco 2013 (80% Semillón, 20% Sauvignon Blanc)
80% do Semillón estagiou por um ano em barricas de carvalho americano e francês
Envelhecimento em garrafa por mais seis meses
Branco encorpado, austero e potente, daqueles que parece muito mais um vinho tinto do que um branco propriamente dito. Aromas amanteigados, de coco e de bauninha muito bem integrados ao carvalho que emana da taça. Foi harmonizado com bacalhau no restaurante Taberna Portuguesa, em noite de rolha livre.
Agostino Inicio Torrontés 2014
Vinho bastante aromático, como é característico da casta. No nariz nuances cítricas, na boca extremamente fresco. Foi degustado como acompanhamento para uma uma barca de sushi e sashimi, mas pode perfeitamente servir de tira-gosto para uma conversa descompromissada de fim de tarde.
Nota: a importadora dos vinhos da Finca Agostino era a Vinho Sul, que infelizmente interrompeu suas atividades no início de 2015. Tentei encontrar alguma informação online sobre uma nova distribuidora, mas infelizmente não consegui.
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