Foi então que decidi dar uma chance ao plano Enófilo da Winelands. Neste plano era possível escolher 4 garrafas mensais a partir de uma seleção que sempre trazia várias opções de tintos, brancos, rosés e espumantes.
A seguir estão listados os vinhos que escolhi em cada mês e algumas impressões rápidas sobre os que se mostraram mais marcantes.
Janeiro - Cavino (Grécia), Shabo (Ucrânia), Aurelia Visinescu (Romênia), Edoardo Miroglio (Bulgária)
→ Ionos Rosé, Peloponessos/Achaïa (100% Syrah)
→ Shabo Merlot, Odessa 2014
→ Artisan Tamaioasa Romaneasca Sec Dealu Mare DOC, Muntenia 2012
→ Saint Ilia Estate Merlot & Mavrud, PGI Thracian Valley 2011
Muito interessante mesmo o Tamaiosa Romaneasca, um vinho branco realmente diferente. O St Ilia também agradou bastante, como um Merlot com um quê de especial muito provavelmente devido ao blend com a Mavrud.
Fevereiro - Pitars (Itália), Chateau Burgozone (Bulgária), Giménez Méndez (Uruguai)
→ Pitars Cabernet Franc, Friuli Grave DOC 2015
→ Pitars Prosecco DOC Brut Millesimato 2015
→ Côte de Danube Rosé, PGI Danube Plain 2013 (Cabernet Sauvignon, Syrah)
→ Gimenez Mendez Alta Reserva Malbec Rosé, Canelones 2014
Por motivos de bagunça no controle de estoque, dois dos vinhos que pedi nesta seleção foram trocados por outros de qualidade supostamente compatível. No lugar do Côte de Danube Rosé era pra ter vindo um rosé grego, e ao invés do Prosecco um espumante croata.
Nesta seleção o destaque ficou por conta do Rosé de Malbec da Gimenez Mendez, simplesmente delicioso.
Março - Logodaj Winery (Bulgária), Cavino (Grécia), Casa Donoso (Chile), Halewood Wines (Romênia)
→ Logodaj Winery Shiraz & Cabernet, Thracian Valley 2012
→ Mega Spileo Moscato, PGI Achaïa 2014
→ Domaine Oriental Reserva Chardonnay, DO Valle del Maule 2015
→ Prahova Valley Reserve Sauvignon Blanc, Terasele Dunării 2013
Todos os vinhos neste mês foram acima da média. Como o Logodaj da foto abaixo, harmonizado com filé ao molho de cerveja.
Abril - Stambolovo Winery (Bulgária)
→ Stambolovo Estate Sauvignon Blanc, PGI Thracian Valley 2016
→ Stambolovo Estate Chardonnay, Thracian Valley 2015
→ Stambolovo Estate Cabernet Sauvignon, PGI Thracian Valley 2015
→ Stambolovo Rosé Cabernet Sauvignon, Thracian Valley 2015
Maio - Cavino (Grécia)
→ Cavino PGI Naoussa, Macedonia 2014 (100% Xinomavro)
→ Nemea Reserve PGI, Peloponessos 2011 (100% Agiorgitiko)
→ Malagousia White Dry Wine, PGI Achaïa 2014
→ Cavino PGI Patras, Peloponessos 2015 (100% Roditis)
Exclusivamente grega, nessa seleção os vinhos que mais me marcaram foram os tintos. O Naoussa, feito a partir da uva Xinomavro, primou pela sutileza, enquanto o Nemea Reserve me apresentou a Agiorgitiko de uma maneira bem austera.
Junho - Aurelia Visinescu (Romênia), Mooiplaas Wines e Goedverwacht (África do Sul), Angelus Estate (Bulgária)
→ Nomad Cabernet Sauvignon, Dealu Mare DOC, Muntenia 2012
→ Langtafel White, WO Western Cape 2014 (Sauvignon Blanc, Sémillon, Chenin Blanc)
→ Crane White Colombar, WO Robertson 2014
→ Angel Rosé PGI Thracian Valley 2015 (Merlot, Cabernet Sauvignon)
Cabernet Sauvignon romeno opulento, de gente grande. Quanto aos demais, todos exemplares leves para consumo festivo.
Julho - Lovico Suhindol, Stambolovo Winery e Edoardo Miroglio (Bulgária), Aurelia Visinescu (Romênia)
→ Lovico Chardonnay, Danube Plain 2015
→ Stambolovo Mavrud, Thracian Valley 2015
→ Sant'Ilia Chardonnay, PGI Thracian Valley 2013
→ Nomad Feteasca Alba Dealu Mare DOC, Muntenia 2012
Agosto - Viñas de America del Sur e Familia Falasco (Argentina), Azzolini Winery (Bulgária)
→ Rocío Sauvignon Blanc, Mendoza 2014
→ Viejo Carretón Cabernet Sauvignon, Mendoza 2015
→ LOLO Chardonnay Torrontés, Mendoza
→ Neragora Mavrud Rosé Organic, PGI Thracian Valley 2015
Grande surpresa esse LOLO, vinho não safrado da Familia Falasco que se mostrou excelente.
Setembro - Azzolini Winery e Chateau Burgozone (Bulgária), Krauthaker (Croácia), Bodegas Verdúguez (Espanha)
→ Ares Organic Wine Merlot & Mavrud, Thracian Valley 2013
→ Côte de Danube Cabernet Franc, PGI Danube Plain 2011
→ Paralela Graševina, Slavonija KZP 2013
→ Imperial Toledo Verdejo, DO La Mancha 2014
O Côte de Danube Cabernet Franc estava ótimo. O Riesling Itálico, nome mais comum para a Graševina, também agradou bastante.
Outubro - Halewood Wines (Romênia), Linton Park Wines (África do Sul), Karabunar Winery e Edoardo Miroglio (Bulgária)
→ Rhea Limited Edition Viognier, Dealu Mare DOC 2011
→ Louis Fourie Chardonnay, WO Wellington 2013
→ Contour Rosé Merlot Cabernet Sauvignon, Thracian Valley 2015
→ Bio Viognier & Traminer, PGI Thracian Valley 2013
Um vinhaço de muita personalidade esse Rhea Viognier. Quanto aos demais, havia até uma leve carga de taninos no orgânico Bio, o que deu uma dimensão a mais ao aspecto frutado do vinho.
Novembro - Karabunar Winery e Vinal Winery (Bulgária), Bodega Familia Irurtia (Uruguai)
→ Castellum Rosé, Thracian Valley 2015 (100% Pinot Noir)
→ Pazva Red Blend, Danube Plain 2014 (44% Cabernet Franc, 33% Merlot, 23% Gamza)
→ Le Pont Couvert "Ami Boué" Cabernet Sauvignon Reserve, Danube Plain 2014
→ Km. 0 Río de la Plata Gran Reserva Viognier Roble, Colonia/Carmelo 2011
Outro excelente Viognier por conta dos uruguaios da Familia Irurtia, com o carvalho muito bem integrado ao produto final. E comida japonesa mais o Castellum 100% Pinot Noir ficou nota dez.
Dezembro - Stambolovo Winery e Karabunar Winery (Bulgária), Shabo (Ucrânia), Giménez Méndez (Uruguai)
→ "Templar" Beau-Séant Merlot, Thracian Valley 2008
→ Bisou Rosé, Thracian Valley 2015 (Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc)
→ Shabo Gold Brut, Odessa 2014 (Chardonnay, Pinot Noir)
→ Gimenez Mendez Alta Reserva Tannat, Canelones 2013
Por enquanto somente o Merlot e o Tannat foram degustados, ambos vinhos mais potentes que tinham ainda muito a evoluir em garrafa (fica a dica aos que ainda os têm em suas adegas).
Para quem está de fora, a variedade do Clube Winelands é um atrativo quase irresistível. Afinal, não é em qualquer lugar ou todo dia que se pode ter acesso a vinhos búlgaros, croatas, eslovenos, romenos, ucranianos e gregos, entre outros.
No entanto, depois de algum tempo no clube comecei a perceber que a empresa tende a trabalhar sempre com as mesmas vinícolas/fornecedores, sem apresentar novas vinícolas e repetindo as mesmas garrafas depois de somente alguns meses. A única vinícola italiana durante todo o ano, por exemplo, foi a Pitars, e no caso da Grécia a Cavino. No panorama geral não há nada de errado nisso, mas para quem pede quatro garrafas mensais, não repete vinhos e gosta de conhecer novas vinícolas, as alternativas rapidamente se esgotam. Foi o meu caso.
E foi por isso que Dezembro foi meu último mês no clube.
Por gentileza, não tenho onde procurar e recorri a você. Tenho algumas garrafas antigas de meu falecido pai. Datam de anos 70 em diante. Poderia me ajudar? Preciso saber se há mercado para elas: marisa_abeid@yahoo.com.br
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