quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Gugu Dadá

No mês passado foram várias as vezes em que abri um vinho em comemoração a alguma coisa relacionada à rotina da minha filha recém-nascida. Levantei inúmeras taças em brinde aos primeiros dias em que passamos juntos, tanto sozinho com meus pensamentos quanto na presença de familiares que compartilharam essa alegria com ela, com mamãe e com papai.

Foi meio sem querer que me dei conta, certo dia, de que uma dupla especial de garrafas remetia com certo humor ao fato de estarmos na companhia da minha bebê na maior parte do tempo.


Aproveitando o ensejo, compartilho agora opiniões rápidas e rasteiras do que aprendi com essa inusitada dupla. As circunstâncias de ambas as “degustações” não poderiam ser mais distintas, mas todos nós sabemos que onde há vinho sempre haverá alegria, seja na atividade ou na contemplação, no calor ou no frio, na solidão ou na companhia de amigos.


O Gugu Toscana Rosso IGT 2013 é produzido pela Fattoria La Casaccia, vinícola localizada na comunidade de Castelnuovo Berardenga, no coração da região de Chianti. Recebi a garrafa numa das seleções da categoria Liberté do clube Vinhos de Bicicleta. O blend é composto por 85% de Sangiovese e 15% de Merlot, e após a fermentação é envelhecido 6 meses em tanques de cimento e 3 meses em garrafa antes de ir ao mercado. Possui bom olfato frutado para um caldo ainda jovem, que se mostra um pouco verde em boca mas evoluiu bem na taça degustada fora de casa.

Lembro que no dia em que abri o vinho eu estava finalmente tentando consertar o aspirador de pó, que se recusava a funcionar já há mais de uma semana. Entre uma peça e outra desmontada e um teste e outro com o multímetro eu tomava um gole para me refrescar do calor. No meio do caminho cheguei a derrubar uma taça por acidente, mas juro que não estava afetado pelo álcool. Já o aspirador, infelizmente, estava além de qualquer conserto.


A linha de vinhos Dadá da Finca Las Moras é produzida nas pradarias de San Juan, um pouco mais ao norte de Mendoza, e possui a proposta de apresentar qualidade a preços que cabem perfeitamente no bolso (pelo menos lá na Argentina). São sete os vinhos que compõem a linha, sendo que comecei a degustá-la pelo primeiro, o Dadá Art Wine 1, safra 2015. Corte de Malbec e Bonarda em quantidades iguais, o vinho não se mostrou muito expressivo nos aromas, apresentando textura leve de xarope em meio a muito carvalho. Pelo menos posso dizer que não fez feio numa noite de Sábado bem aproveitada em família, já que a garrafa foi embora num tapa enquanto beliscávamos uma tábua de queijos e jogávamos alguns rounds de Super Street Fighter Turbo HD Remix no Xbox 360.


Minha bebê ainda não fala nem gugu e nem dadá, mas fica aqui um brinde amoroso à sua saúde, hoje e para sempre!

3 comentários:

  1. Boa noite Edward. Descobri o seu blog há pouco tempo e tenho achado muito interessante. Junto com o seu blog, descobri o clube de vinhos de bicicleta. Era sócio do clube da wine, fiquei meio insatisfeito com algumas seleções e acabei cancelando, mas sinto falta de degustar alguns rótulos além dos que encontro na estante do supermercado. Estou pensando em assinar a modalidade mais básica do clube da bicileta. Você recomenda esse clube? Está satisfeito com os vinhos da modalidade "Liberté"? Obrigado. Um abraço!

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    1. Olá, Matheus.

      Sobre o clube Vinhos de Bicicleta, fui assinante da categoria Liberté durante um ano. Durante esse tempo não tive nada a reclamar da logística de entrega, nem da variedade ou qualidade dos vinhos. Tudo bem que qualidade é relativo, mas posso dizer que foram poucas as garrafas que não me agradaram.

      No início de 2017 o meu plano era passar para a categoria Fraternité, mas devido à interface meio confusa do site e à falta de resposta via email quanto a um questionamento sobre o tema acabei decidindo sair do clube. E migrei para a Winelands.

      No final das contas, acho que a Vinhos de Bicicleta vale a pena apesar do motivo que me fez sair.

      Abraço!

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    2. Legal Edward. Agradeço a sua resposta.

      Também não conhecia o clube Winelands, mas dei uma olhada aqui no site e achei muito interessante esse esquema de podermos escolher quais vinhos queremos receber no mês. Muito boa também é a possibilidade de escolhermos entre tintos, roses, brancos e espumantes...além de várias nacionalidade, digamos, menos comuns no mundo do vinho. Pelo o que vi aqui esse mês tem vinho búlgaro, romeno, ucraniano... gostei! Obrigado pela dica. Um abraço!!

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