quarta-feira, 31 de maio de 2017

Compra pela Internet - Vinhoteca

No mês passado efetuei mais uma compra de vinhos via Internet, e a nova loja selecionada foi a Vinhoteca (http://www.vinhotecaonline.com.br).

Com sede em São Paulo capital, a ideia da empresa na versão online é aliar a leitura com o hábito de degustar vinhos. Isso fica evidente em sua proposta de clube, que entrega mensalmente um vinho e um livro aos associados e concede descontos especiais aos membros. Na minha opinião, porém, o foco são mesmo os vinhos já que a seção de livros não a chega a ser comparativamente tão vasta.

Fiz o pedido no dia 26 de Abril, aproveitando a política de frete grátis para compras acima de um certo valor, e efetuei o pagamento via depósito bancário no dia seguinte. Nesta mesma data o pedido foi enviado, sendo o mesmo entregue em 11 de Maio.


Os pacotes, um com 4 garrafas e outro com 1 garrafa somente, foram entregues em 10 dias úteis, ou seja, dentro do prazo acordado. Opa, os Correios trabalharam bem nesse caso, que coisa!

Duas observações:

1) Ao ler que "a encomenda é entregue à transportadora responsável em até um dia após a confirmação do seu pagamento", fui direto às compras e nem me toquei que essa "transportadora" é na verdade o nosso famigerado serviço de Correios. Tivesse eu lido um pouco mais adiante isso não passaria em branco e eu provavelmente não compraria, visto que na época eles estavam em greve em vários lugares do país e eu tinha um punhado de pacotes atrasados em algum galpão empoeirado dos Correios.

2) O código de rastreio que me foi informado via email permaneceu inválido até o dia em que o pacote chegou, para minha agradável surpresa. O motivo foi que haviam me passado um código errado, que simplesmente não existia.


Tenho que dar nota 10 para o serviço de embalagem, que é o melhor que já vi. Cada garrafa é individualmente acondicionada no invólucro protetor mostrado na foto acima. Pra quebrar só mesmo deixando a caixa cair de uma altura de alguns metros.


O pacote adquirido incluiu dois brancos espanhois, um rosé francês, um tinto italiano e um tinto israelense.

Outro inesperado aspecto desta compra é que um dos vinhos veio errado (o que está mais à esquerda na foto). No dia seguinte comuniquei o fato à empresa via email, informando-os também do erro no encaminhamento do código de rastreio. Nem cheguei a demandar nada sobre troca de garrafas, até porque elas são de equivalente qualidade, nunca provei o vinho que veio errado e trocar certas coisas compradas online simplesmente não vale o esforço.

Infelizmente não obtive nenhuma resposta de volta.

Apesar de ter gostado da variedade de vinhos ofertados no site e do fantástico trabalho de embalagem, não sei se compraria de novo por conta dos erros observados nesta pequena remessa, que poderiam ser relevados com uma simples mensagem por parte da empresa. A impressão que ficou é que eles precisam trabalhar melhor a logística de separação de vinhos e o setor de comunicação com o cliente.

VEREDITO FINAL: indico mas não compraria de novo.

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Destaques de ABR-2017

Foram tantos vinhos bons e diferentes em Abril que ficou difícil escolher só cinco para essa postagem!

Uma curiosidade que raramente aconteceu comigo foi me deparar com duas garrafas passadas no mesmo mês. Uma delas estava pra lá de morta, a outra ainda "tomável" mas também em franco declínio. Considerando somente o universo de vinhos que degustei neste curto espaço de tempo dá para dissertar um pouco mais acerca do ocorrido, então vou deixar para escrever sobre o assunto no próximo texto.

Vamos aos destaques selecionados do mês.

Casa Valduga Terroir Raízes Cabernet Franc, Campanha 2013 (BRA)

Este foi aberto com boa expectativa, já que sempre ouvi falar muito bem dessa linha da Casa Valduga, e não desapontou. Mostrou paladar que equilibra muito bem o carvalho, os taninos e a acidez, que são precedidos por um ótimo conjunto de aromas de fruta madura.

Abel Pinchard / Loron & Fils, Beaujolais AOP 2014 (FRA)

Quando me foi solicitada uma garrafa para relaxar no fim de noite acompanhando uma pizza, esta foi a que tirei da adega. Uma excelente escolha, para dizer o mínimo: bem leve, com olfato frutado tímido em meio a toques caramelados, sem peso em boca graças ao perfil tânico macio.

O vinho fez muito bonito na opinião de todos à mesa, e ouso dizer que é o melhor Beaujolais/Gamay que já tive a oportunidade de provar.

Domaine Berthoumieu, Haute Tradition, Madiran AOC 2011 (FRA)

Para iniciar os trabalhos num dos fins de semana prolongados de Abril escolhemos esse blend com 60% Tannat, 30% Cabernet Sauvignon e 10% Pinenc. No nariz chama a atenção pela fruta madura, na taça é um vinho relativamente potente, vivo, medianamente encorpado, que abriu bem após um tempinho no decanter e ficou sedoso em boca.

Miolo Wine Group, Miolo Lote 43, DO Vale dos Vinhedos 2012 (BRA)

Decidimos abrir este clássico da vitivinicultura nacional num raro dia em que a temperatura caiu a um nível em que era possível deixar um tinto encorpado descansando no decanter por bastante tempo.

Corte de Cabernet Sauvignon e Merlot em proporções idênticas, as notas de chocolate e tostado sobre fruta madura precedem o paladar denso, marcado por um amadeirado que finalizou leve ao contrário do que eu esperava.

Herdade das Servas, Vinha das Servas Branco, VR Alentejano 2012 (POR)

Este foi o escolhido na carta do restaurante Mahalo Cozinha Criativa para comemorar o aniversário de quatro anos de casamento e acompanhar pratos à base de lagosta e pirarucu.

Com abacaxi dominando os aromas de frutas tropicais aliados a uma pitada de doçura, em boca se mostrou um vinho amanteigado, de textura já delicadamente evoluída. A composição é de 40% Roupeiro, 30% Antão Vaz, 20% Arinto e 10% Sémillon.

Saúde!

* a garrafa do Raízes veio da loja temporária de Natal da Domno no Pantanal Shopping, o Beaujolais peguei no Empório Delícias do Mar, o Madiran no supermercado Big-Lar, o Lote 43 no site da Miolo e o Vinha das Servas, como mencionado acima, na (superfaturada) carta do restaurante Mahalo.