segunda-feira, 10 de abril de 2017

Destaques de MAR-2017

Março foi um mês bem eclético, porém dominado por Itália, Chile, Argentina e Espanha. Adoro a diversidade em meus vinhos, independente de onde e sob que forma ela venha.

Vamos aos destaques do período!

Weingut Michel, Achkarrer Castellberg Grauer Burgunder Kabinett Trocken, Baden 2014 (ALE)

Começamos o mês com este ótimo Pinot Grigio alemão, que acompanhou uma série de queijos e petiscos diversos. Menos granuloso e de corpo mais etéreo que os exemplares italianos mais famosos, se mostrou aromático e acompanhou bem todas as opções do menu graças à boa acidez.

Podere San Cristoforo, Carandelle Sangiovese, Maremma Toscana DOC 2013 (ITA)

Varietal feito de Sangiovese, muito elegante, perfeito em boca para acompanhar uma lasanha. O perfil aromático remete a frutas vermelhas e um toque de especiaria, ambos também presentes no paladar de taninos firmes, porém finos.

La Recova Vineyard, D Sauvignon Blanc, Valle de Casablanca 2015 (CHI)

A vinícola La Recova cultiva unicamente a Sauvignon Blanc, então acredito ser natural que seus produtos com essa variedade tendam a atingir um nível de excelência maior. Catita também aprovou o vinho, que apresentou no olfato nuances marcantes de pêra e maracujá, seguidas por ótima acidez em boca. Combinação perfeita para mais uma barca de comida japonesa.

Aurelia Visinescu, Artisan Tamaioasa Romaneasca Sec Dealu Mare DOC, Muntenia 2012 (ROM)

Um dos vinhos brancos mais interessantes que tomei nos últimos tempos. Praticamente desconhecida por aqui, a Tamaioasa Romaneasca é uma das mais importantes uvas autóctones da Romênia. Imediatamente ao ser aberto o vinho exibiu notas de flores e tangerina, impressões que são confirmadas em boca juntamente com um pouco de mel, damasco e acidez no ponto. Um branco vibrante perfeito para uma tábua de queijos.

Assim que começamos a degustá-lo havia ainda um aroma que minha esposa tentou identificar mas não conseguia. Recorri ao contrarrótulo e vislumbrei a palavra basil, que em português se traduz como manjericão e foi exatamente de encontro à sua percepção. Como enófilos ganhamos a noite, mas de minha parte confesso que só fui sentir um pouquinho dessa especiaria que amo quando a garrafa estava acabando...

Pitars Cabernet Franc, Friuli Grave DOC 2015 (ITA)

Já há algum tempo tenho tentado me aprofundar mais no universo da Cabernet Franc, uma variedade que acredito ser menos austera porém de maior envergadura que a Cabernet Sauvignon. Com esta garrafa demos adeus a um bom fim de semana. No nariz os aromas são de frutas azedinhas sobre um perfil de especiaria, em boca taninos tímidos e amigável acidez. Um bom vinho por si só, e um deleite quando harmonizado com comida.

Saúde e até a próxima!

* a garrafa da Weingut Michel consegui por meio da Weinkeller, o Podere San Cristoforo é importado pela Miolo, o La Recova veio num pacote da Vinumday e os dois últimos chegaram até mim por meio do clube de vinho da Winelands.

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