quinta-feira, 4 de maio de 2017

Destaques de ABR-2017

Foram tantos vinhos bons e diferentes em Abril que ficou difícil escolher só cinco para essa postagem!

Uma curiosidade que raramente aconteceu comigo foi me deparar com duas garrafas passadas no mesmo mês. Uma delas estava pra lá de morta, a outra ainda "tomável" mas também em franco declínio. Considerando somente o universo de vinhos que degustei neste curto espaço de tempo dá para dissertar um pouco mais acerca do ocorrido, então vou deixar para escrever sobre o assunto no próximo texto.

Vamos aos destaques selecionados do mês.

Casa Valduga Terroir Raízes Cabernet Franc, Campanha 2013 (BRA)

Este foi aberto com boa expectativa, já que sempre ouvi falar muito bem dessa linha da Casa Valduga, e não desapontou. Mostrou paladar que equilibra muito bem o carvalho, os taninos e a acidez, que são precedidos por um ótimo conjunto de aromas de fruta madura.

Abel Pinchard / Loron & Fils, Beaujolais AOP 2014 (FRA)

Quando me foi solicitada uma garrafa para relaxar no fim de noite acompanhando uma pizza, esta foi a que tirei da adega. Uma excelente escolha, para dizer o mínimo: bem leve, com olfato frutado tímido em meio a toques caramelados, sem peso em boca graças ao perfil tânico macio.

O vinho fez muito bonito na opinião de todos à mesa, e ouso dizer que é o melhor Beaujolais/Gamay que já tive a oportunidade de provar.

Domaine Berthoumieu, Haute Tradition, Madiran AOC 2011 (FRA)

Para iniciar os trabalhos num dos fins de semana prolongados de Abril escolhemos esse blend com 60% Tannat, 30% Cabernet Sauvignon e 10% Pinenc. No nariz chama a atenção pela fruta madura, na taça é um vinho relativamente potente, vivo, medianamente encorpado, que abriu bem após um tempinho no decanter e ficou sedoso em boca.

Miolo Wine Group, Miolo Lote 43, DO Vale dos Vinhedos 2012 (BRA)

Decidimos abrir este clássico da vitivinicultura nacional num raro dia em que a temperatura caiu a um nível em que era possível deixar um tinto encorpado descansando no decanter por bastante tempo.

Corte de Cabernet Sauvignon e Merlot em proporções idênticas, as notas de chocolate e tostado sobre fruta madura precedem o paladar denso, marcado por um amadeirado que finalizou leve ao contrário do que eu esperava.

Herdade das Servas, Vinha das Servas Branco, VR Alentejano 2012 (POR)

Este foi o escolhido na carta do restaurante Mahalo Cozinha Criativa para comemorar o aniversário de quatro anos de casamento e acompanhar pratos à base de lagosta e pirarucu.

Com abacaxi dominando os aromas de frutas tropicais aliados a uma pitada de doçura, em boca se mostrou um vinho amanteigado, de textura já delicadamente evoluída. A composição é de 40% Roupeiro, 30% Antão Vaz, 20% Arinto e 10% Sémillon.

Saúde!

* a garrafa do Raízes veio da loja temporária de Natal da Domno no Pantanal Shopping, o Beaujolais peguei no Empório Delícias do Mar, o Madiran no supermercado Big-Lar, o Lote 43 no site da Miolo e o Vinha das Servas, como mencionado acima, na (superfaturada) carta do restaurante Mahalo.

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