quinta-feira, 13 de julho de 2017

Destaques de JUN-2017

Das garrafas que abrimos em Julho, a grande surpresa foi que a maioria dos destaques ficou a cargo de vinhos brasileiros. E nem parecia que ia ser assim, visto que logo no início do mês os nacionais apareceram em roupagem suave, como desejado pelas ilustres visitas que recebemos.

Mas esse é o barato do mundo do vinho. Nunca se sabe de onde virão as garrafas que realmente são capazes de deixar uma história a ser contada no futuro.

Fante, Cordelier Equilibrium, Serra Gaúcha 2013 (BRA)

Blend de parcelas não declaradas de Cabernet Sauvignon, Merlot e Ancelotta, este foi o vinho escolhido para acompanhar um churrasco de Domingo. Delgado e elegante em boca com boa carga de taninos, ficou excelente depois de um tempo em taça, fazendo jus ao nome já que contava também com elegante acidez.

Donoso Group, Domaine Oriental Reserva Chardonnay, DO Valle del Maule 2015 (CHI)

Confesso que no início parecia que este vinho seria mais um daqueles Chardonnays sem personalidade excessivamente carregados na madeira. Mas eu estava enganado. Sim, o carvalho tinha boa presença em boca, com nuances tostadas e fortes traços de coco, porém o vinho se mostrou maduro sem ser pesado. Foi uma boa maneira de lembrar do que os vinhos brancos são capazes de mostrar em matéria de textura.

Vinícola Perini, Osaka Culinária Japonesa Sushi Wine, Serra Gaúcha / Vale Trentino 2015 (BRA)

Depois de muito olhar para essa garrafa em minhas andanças nos supermercados, finalmente decidi arriscar. E não é que o vinho agradou mesmo? Corte de Merlot e Cabernet Franc desenvolvido especialmente para ser harmonizado com comida japonesa, ele cumpre bem seu objetivo. No olfato as nuances de frutas vermelhas são leves, em boca a sensação é de fraco dulçor, com bons níveis de frescor e acidez. Realmente uma boa harmonização para comida japonesa.

Boscato Vinhos Finos, Boscato Cave Cabernet Franc, Serra Gaúcha / Nova Pádua 2013 (BRA)

Algumas pessoas já tinham me comentado sobre a qualidade dos produtos da Boscato, mas ainda assim esse Cabernet Franc me surpreendeu. Vinho fantástico, com aromas e paladar que lembram cerejas e amoras, taninos macios, muito equilibrado, simplesmente delicioso por si só ou acompanhando comida.

Real Companhia Velha, Royal Oporto Tawny 10 Anos, Douro (POR)

Para finalizar um almoço de família no dia de meu aniversário, abrimos essa garrafinha de 200 ml para acompanhar uma torta de paçoca (diet) preparada por minha esposa.

A combinação foi divina. Caramelo, mel e damasco maduro são os principais descritores tanto no olfato quanto em boca, num caldo viscoso e que no alto de seus 20% de teor alcoolico não afetou ninguém. Como a garrafa foi fechada em 2009 a rolhinha estava quase toda encharcada, mas o vinho estava impecável. Não há informação de castas usadas, apenas é divulgado que as uvas provêm de "vinhas velhas".

* comprei o Cordelier no Estradeiro (uma lanchonete/restaurante de beira de estrada na saída de Jaciara!), o Perini Rosé no supermercado Comper do CPA II e o Royal Oporto num dos supermercados Big Lar. Já o Domaine Oriental chegou num pacote do clube Winelands, enquanto o Boscato veio pela Vinumday.

Nenhum comentário:

Postar um comentário